* José Geraldo Mendonça
Em Minas não temos a cultura de reciclarmos principalmente nas cidades mais atrasadas. E ainda temos a cultura de esse setor ser controlado pelos atravessadores. Eles são usurados pagam aos catadores R$ 0,07 o quilo de garrafas Pet. O preço pago pelos outros materiais são todos nessas bases de preço. Por isso é comum a gente encontrar pessoas apesar de ser desempregado da prefeitura que abandonaram a profissão de catador porque não conseguem nem R$ 5,00 por dia de trabalho mesmo trabalhando das 6 às 18 horas.
No entanto a reciclagem de material é o melhor negócio do momento, e conforme tendência de só melhorar.
Como até o momento a nossa cidade não atraiu empresários para montar indústria voltada para esse setor, como aquelas instaladas na grande BH. Só resta a nova administração de nossa cidade, tomar a iniciativa de fazer convênio com uma de nossas universidades, para instalar aqui uma mega cooperativa de catadores de lixo. Veja bem as indústrias instaladas em BH já estão exportando material de plástico reciclado “granulado” para a Europa. Já existe empresas que estão firmando convênio com a direção dos presídios, para usar aos presos na seleção do material, eles pagam pelos serviços e os presos ganham ainda um desconto na pena de um dia para cada três dias trabalhados.
Esse comentário só para dar um exemplo de como a reciclagem pode resolver os nossos problemas sociais.
O governo Federal disponibilizou 15 bilhões de reais no orçamento da união só para financiar projetos sociais no país para o exercício de 2009. Ele inaugurou um portal na internet. www.convenios.gov.br para facilitar os contactos.
Um empreendimento com essa envergadura só mesmo com o apoio financeiro do governo federal para se montar.
Ele precisa de ser instalado em uma área bastante grande, se possível acima de 2000 ms2.
O galpão a ser construído deverá ter no mínimo 1000 ms2.
Adquirir prensa hidráulica para prensar papel. Na Piratininga ela custa R$ 15.000,00. Só que a fábrica de molas de Ipatinga já fabrica uma similar e vende por R$ 3.000,00. E faz o mesmo serviço.
Uma prensa para latinhas. A Piratininga vende por R$ 35.000,00.
Em Divinópolis e na grande BH se fabrica uma similar máquinas muito boas, e vendem nessa base de R$ 10.000,00.
Uma balança Filizola de alta precisão e eletrônica por R$ 2.000,00, e essa não tem similar mais barata.
A cooperativa precisa ter um capital de giro de pelo menos R$ 100.000,00. Porque os catadores de lixo cooperados receberão pagamento no ato de entrega dos materiais no galpão.
N.B: Da Mara cooperada em BH falou que recebe R$ 1,20 por quilo de garrafas pet na sua cooperativa, no ato da entrega do material. Isso serve de parâmetro para se vê quanto os atravessadores exploram os catadores.
Aqui em nossa cidade não será difícil de se montar um projeto desse porque a municipalidade possui terrenos nos quatro cantos da cidade. Daqueles 10% da área que ela recebe para aprovar loteamentos.
Isso já é um ponto positivo que pesa bastante na hora de se aprovar um projeto desse junto aos órgãos do governo.
Outras instalações dentro da empresa como os tanques para lavagem dos plásticos, deverão ser substituídos por umas duas dezenas de caixas d’água de 1.000 litros cada porque é muito mais econômico e funcional.
Hoje já existem maquinários que executam essa lavagem, mas eu acredito que aqui nós devemos usar o método manual para podermos criar mais postos de ocupação e renda para um número maior de pessoas. Ao invés de termos uma meia dúzia no galpão, termos uns 30 cooperados nos serviços de separação, seleção e reciclagem do material.
Um moinho de martelos possante para moer as garrafas pet.
Também uma máquina termo compressora para transformar a moinha de plásticos em um material granulado para ser vendido as indústrias e até exportamos.
Essa máquina eu não consegui o preço dela no momento. Elas são fabricadas em São Paulo.
Mandar fabricar 30 (trinta) carrinhos para os catadores. A mesa do carrinho deverá ter 1,20 ms de largura por 2,20 ms de comprimento. As paredes da carroceria do carrinho deverá ter 2,00 ms de altura. A mesa do carrinho deverá ser construída com metalon 40 x 40 parede 16. Os dois varais de tubo de metalon de 2” parede 16. As paredes da carroceria em metalon 40 x 20 parede 16. Feixada com tela tipo lisa, em arame 16. Só a parede da frente deverá ser feixada com chapa galvanizada para que seja pintado ali o nome da cooperativa e a propaganda da empresa que financiará a fabricação dos carros.
A tampa traseira será móvel para facilitar a descarga. As rodas dos carrinhos deverão ser rodas de carroça (charrete) aro 18” ou 22”. Quanto maior a roda e mais fino o pneu mais leve para empurrar ou puxar manualmente.
Isso deverá ser levado em consideração porque esse depósito, galpão onde será instalada a cooperativa deverá ser bem distante do centro, em bairro distante.
A comissão gestora do projeto que deverá ser de uma universidade, terá um presidente que será uma pessoa bastante capacitada para exercer o controle financeiro da cooperativa. Ele é quem assinará os cheques com o tesoureiro da cooperativa.
A diretoria da cooperativa será composta pelos cooperados.
A universidade preparará os membros da diretoria com todos os conhecimentos necessários para que eles possam exercerem as suas funções dentro da cooperativa.
Um detalhe importante em uma cooperativa como essa é que cada cooperado terá sua participação nos lucros levando se em consideração o volume de material que cada catador levará para o galpão da cooperativa. Aquele que consegue coletar mais material, tem uma participação maior.
Já os cooperados que trabalham no galpão reciclando teem uma retirada fixa mensal e uma participação também nos lucros.
A Da Mara que eu entrevistei na grande BH, “Contagem”, recebe mensalmente R$ 600,00. Ela ainda tem um acordo com os síndicos de 6(seis) condomínios da região onde ela mora. Ela levanta 4 hs da manhã para coletar esse material disponibilizado para ela nos condomínios. As 6½hs ela leva seu filho para a escola. As 8 horas ela começa a trabalhar no barracão de reciclagem. Segundo a Da Mara, tem mês que a renda que ela consegue com o fornecimento desse material reciclável é maior do que a sua retirada mensal. Ela já tem seu próprio barracão, tem TV 29”, DVD, geladeira, fogão de 6 bocas, tudo pago além de toda a mobília do barracão. Ela já pensa inclusive na compra de um carro. Ela afirma que trabalha duro todo dia. Esse exemplo é muito bom para se ter uma idéia, de como é fácil a gente resolver os problemas sociais de nossa periferia.
Uma cooperativa dessas deverá produzir material para ser vendido as indústrias. Deve-se evitar a todo custo trabalhar com atravessadores porque esse tipo de gente só quer para eles.
A cooperativa irá produzir; papéis em fardos que poderão chegar a 200 kg: papel jornal, papel branco, papelão, papel colorido, sucata de ferro, metal, cobre e alumínio. Fardos de lataria e de latinha de alumínio. Cacos de vidros, e frascos diversos de vidro tudo para vender a Santa Marina.
A primeira diretoria da cooperativa deverá ser escolhida pela comissão gestora.
Porque só ela terá capacidade de analisar cada um dos cooperados, e assim escolher aqueles que têm maior capacidade para exercer uma função dentro da diretoria da cooperativa.
A comissão gestora da cooperativa terá que trazer pessoas capacitadas de fora como a Da Mara para membros da cooperativa. Na capacitação dos membros da diretoria a comissão gestora poderá também pedir a ajuda do SEBRAE.
A comissão gestora deverá contactar com as indústrias compradoras desses materiais reciclados, para encaminhar e negociar as vendas de material.
A Santa Marina é a única compradora de cacos de vidros e frascos inteiros de formas e tamanhos diversos no país.
E ela manda seus caminhões apanhar aqui o material preparado.
Ela tem um entreposto para essa coleta na grande BH. É um gaucho lá do bairro Betânia.
Os cacos depois de lavados, deverão serem ensacados em sacos de 50 Kg.
Já os frascos deverão serem embalados em caixas de madeira, muito bem embalados protegidos com papel.
A nova administração de nossa cidade deverá urgentemente manter contato com as universidades da cidade visando firmar convênio com uma delas para montagem desse projeto. O governo federal disponibilizou 15 bilhões de reais para o financiamento de projetos sociais. Só para o exercício de 2009, mas o país é muito grande e esse recurso só vai aturar até o meio do ano. Aquele que demorar a montar o seu projeto vai ficar sem a sua aprovação porque tem muita gente já trabalhando a bastante tempo nos seus projetos.
Hoje só mesmo o prefeito que não quiser resolver os problemas sociais de sua cidade, por incapacidade de sua acessoria ou mesmo por incapacidade própria não irá fazê-lo. Porque as facilidades hoje são muito grandes.
O prefeito Dr. Luiz Tadeu Leite vai resolver todos os problemas sociais de nossa periferia e zona rural.
O momento é excelente. Só que sem ele envolver as universidades em seus diversos projetos, que serão muitos, ele não conseguirá mantê-los em funcionamento. Porque todos esses projetos são carregados de detalhes intrincados que necessita de pessoas muito bem preparadas tecnicamente para cumprir todas as exigências dos órgãos do governo nesse tipo de empreendimentos.
Essas pessoas das universidades que irão prestar serviços nessa cooperativa ou em outros projetos pelo convênio, que será celebrado com a prefeitura, porque a cooperativa e mesmo os outros empreendimentos sociais que o prefeito irá montar será para resolver o problema social das pessoas carentes envolvidas neles, e por isso esse tipo de empreendimento não tem espaço para se tirar recursos para remunerar técnicos, ou pessoal especializado que irá prestar acessoria ao projeto.
Esses projetos estão dentro da política do governo federal no sentido de melhorar a distribuição de renda, no país.
Por isso volto a lembrar!...
Esse país só vai desenvolver socialmente a partir do momento em que todos se engajarem nesse processo de forma ética com muita responsabilidade social e espírito de cidadania.
* josegmendonca@gmail.com
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário